Ansiedade: quando o corpo grita o que a mente tenta calar
Você já sentiu o coração acelerar sem motivo aparente? Ou teve dificuldade para dormir porque sua mente não parava de pensar em “e se”? Esses são sinais comuns da ansiedade — uma companheira silenciosa de muitas pessoas, que pode passar despercebida até se tornar difícil de ignorar.
O que é ansiedade, afinal?
Ansiedade não é, por si só, uma vilã. Ela é uma emoção natural, que nos prepara para lidar com desafios e situações novas. O problema começa quando ela deixa de ser passageira e se torna constante, intensa e desproporcional, interferindo nas tarefas do dia a dia.
Imagine um alarme que dispara o tempo todo, mesmo quando não há perigo real. É assim que muitas pessoas descrevem a ansiedade: um estado de alerta permanente, que esgota o corpo e a mente.
Como a ansiedade se manifesta?
Cada pessoa sente a ansiedade de um jeito. Em alguns, ela aparece no corpo: falta de ar, aperto no peito, sudorese, tremores. Em outros, toma a forma de pensamentos catastróficos, preocupação excessiva ou dificuldade de concentração. Ela também pode se esconder por trás da irritação, do perfeccionismo ou da necessidade de controle.
Você já se pegou revivendo conversas antigas na cabeça, prevendo mil cenários antes de uma reunião, ou sentindo culpa por algo que nem aconteceu? Tudo isso pode ser ansiedade falando.
Ansiedade tem cura?
A boa notícia é: tem tratamento, sim. Psicoterapia, mudanças de hábitos, técnicas de respiração e, em alguns casos, o uso de medicação, podem ajudar a reduzir significativamente os sintomas e devolver qualidade de vida.
Identificar os gatilhos da ansiedade, aprender a nomear sentimentos e entender que não precisamos dar conta de tudo sozinhos são passos importantes no caminho da autoconsciência e do cuidado emocional.
Quando procurar ajuda?
Se a ansiedade está interferindo na sua rotina, no sono, nas relações ou no trabalho, não hesite: procure apoio profissional. Cuidar da saúde mental é um ato de coragem e responsabilidade consigo mesmo.
Lembre-se: você não precisa esperar "chegar ao limite" para buscar ajuda. Quanto mais cedo for o acolhimento, mais leve pode ser o processo.
Como ajudar alguém em crise de ansiedade: o que fazer (e o que evitar)
Ver alguém que amamos tendo uma crise de ansiedade pode ser assustador. O coração acelera, a respiração fica difícil, a pessoa diz que vai desmaiar ou morrer — mas você pode ser uma presença segura nesse momento. Aqui estão passos simples e eficazes para oferecer ajuda real:
O que fazer:
Mantenha-se presente, com um tom de voz tranquilo. Diga algo como:
"Estou aqui com você. Vai passar. Respira comigo."
A hiperventilação (respirar rápido demais) aumenta os sintomas físicos. Incentive respirações lentas e profundas: "Inspira pelo nariz contando até 4... Agora solta pela boca contando até 6."
Evite minimizar. Frases como “isso é besteira” só pioram. Prefira: “Eu sei que está difícil agora, mas vai passar.”
Técnicas de grounding ajudam a "aterrar" a mente: "Me diz 5 coisas que você está vendo agora? 4 que está ouvindo? 3 que pode tocar?"
Isso tira o foco do pânico e traz a pessoa para o aqui e agora.
Ambientes com muita gente, barulho ou luz intensa podem piorar a crise. Se possível, conduza com gentileza para um espaço mais tranquilo.
Às vezes, a pessoa já tem estratégias próprias. Perguntar mostra respeito e apoio:
"Quer que eu fique em silêncio? Quer segurar minha mão? Posso fazer algo por você?"
Você não está sozinho(a)
A ansiedade é uma das questões emocionais mais comuns da atualidade — e falar sobre ela é um passo fundamental para combatê-la. No nosso espaço terapêutico, acolhemos histórias com escuta empática e caminhos personalizados, respeitando o tempo e a história de cada um.
Se este texto falou com você, respire fundo. Talvez seja hora de se ouvir com mais carinho e buscar o apoio que merece.
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Quer saber mais sobre como lidar com a ansiedade? Acompanhe nossos próximos conteúdos e siga nossas redes sociais para dicas de bem-estar emocional.
produzido por: Sandra Martins
Psicóloga CRP18/7031
Pedagoga
Psicopedagoga
Analista comportamental (ABA)
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